Progressos no controlo da malária, mas o peso ainda é enorme
Relatório novo indica que mais fundos levam a uma cobertura maior de intervenções no controlo da malária
18 Setembro 2008 | GENEBRA -- O peso da malária permanece enorme, mas o acesso a intervenções de controlo da malária, especialmente redes de cama em África, aumentou significativamente entre 2004 e 2006, segundo um relatório divulgado hoje.
"Com o aumento dramático de fundos e um movimento intenso para reduzir o peso da malária em anos recentes, temos uma necessidade maior de informação e análise fiável," disse a Directora Geral da OMS Dra Margaret Chan. " Este relatório começa a responder a essa necessidade. O progresso no controlo da malária acelerou dramaticamente desde 2006, especialmente no seguimento da chamada do Secretário-Geral das Nações Unidas para a cobertura universal do controlo da malária até 2010. Esperamos que estes esforços expandidos sejam reflectidos em relatórios futuros."
O World malaria report 2008/Relatório Mundial da Malária 2008, que corresponde a informação recolhida entre 2004 e 2006, traça um quadro complexo. Alguns destaques são:
- Novos métodos estimam que o número de casos de malária em 2006 foi de 247 milhões.
- Crianças pequenas permanecem de longe as com maiores probabilidades de morrer com a doença.
- As mortes devidas à malária decresceram em vários países, e umas poucas nações africanas conseguriam reduzir as mortes para metade seguindo as medidas recomendadas.
- Desde 2006, mais fundos resultaram em acesso acelerado a intervenções de malária, incluindo redes de cama e medicamentos eficazes.
- Em Africa, a terapia combinada baseada em artemisin (artemisina?) (ACT), que é recomendada pela OMS, chegou apenas a 3% das crianças necessitadas.
Aumento da cobertura de redes de cama
O relatório indica que os aumentos recentes no financiamento do combate à malária começaram a traduzir-se em cobertura de intervenções chave sobre a malária, especialmente, redes de cama, em 2006. A percentagem de crianças protegidas por redes tratadas por insecticida aumentou quase oito vezes, de 3% em 2001 para 23% em 18 países africanos onde inquéritos foram executados em 2006. As compras de medicamentos anti-malária também aumentou claramente entre 2001 e 2006. Cerca de 100 milhões de pessoas, incluindo 22 milhões em África, foram protegidas por utilização de insecticida dentro de casa.
"A malária é uma causa primária de mortalidade infantil", disse Ann M. Veneman, Directora Executiva da Unicef. "Se a disponibilidade de redes de cama e outras intervenções chave puder ser aumentada, há vidas que podem ser salvas."
Impacto positivo
Pela primeira vez, três países Africanos comunicaram reduções dramáticas nas mortes por malária de 50% ou mais. Eritreia, Ruanda e São Tomé e Príncipe atingiram este resultado entre 2000 e 2006/2007 através de uma mistura de distribuição de redes de cama, pulverização dentro de casa, acesso melhorado a tratamento e avanços em vigilância da doença. Adicionalmente, observaram-se melhorias significativas em outros países Africanos tais como Madagáscar, Zâmbia e a Tanzânia.
Mais seis países comunicaram uma queda em mortes de malária em 2006: Cambodja, Laos, Filipinas, Suriname, Tailândia e Vietname.
"Sabemos que as intervenções de controlo de malária funcionam e que podemos progredir rapidamente em direcção ao fim das mortes de malária," disse Ray Chambers, o Enviado Especial do Secretário-Geral das Nações Unidas para a Malária. "Agora é a altura de alargar estes resultados a toda a aÁfrica e o resto do mundo."
De acordo com os dados dos programas nacionais de controlo da malária, África teve um aumento de financiamento maior do que qualquer outra região entre 2004 e 2006. Os investimentos foram liderados pelo Fundo Global para Combater a SIDA, Tuberculose e Malária (Global Fund to Fight AIDS, Tuberculosis and Malaria), e suportado por organizações bilaterais e multilaterais assim como governos nacionais.
Noutras regiões, as fontes de financiamento foram altamente variáveis, mas os governos nacionais forneceram o grosso do dinheiro. Apesar do financiamento para a malária ter sido em 2006 o mais elevado de sempre, ainda não é possível avaliar que países têm recursos adequados e ainda existem diferenças apreciáveis.
Malária: o que é?
A malária é causada por um parasita chamado Plasmodium, que é transmitido pelas mordeduras de mosquitos infectados. No corpo humano, os parasitas multiplicam-se no fígado, e depois infectam os glóbulos vermelhos sanguíneos.Os sintomas da malária incluem febre, dores de cabeça e vómitos, e normalmente aparecem entre 10 e 15 dias depois da mordedura do mosquito. Se não for tratada, a malária pode rapidamente ameaçar a vida ao impedir o fornecimento de sangue a orgãos vitais. Em muitas partes do mundo, os parasitas desenvolveram resistência a vários medicamentos de malária.
As intervenções chave para controlar a malária incluem: tratamento rápido e eficaz com terapias combinadas baseadas em artemisinina; uso de redes insecticidas por pessoas em risco; e pulverização residual dentro de casa para controlar os mosquitos vector.
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embaixada@emb-saotomeprincipe.pt
Fonte:WHO/OMS
Links e mais dados da OMS em inglês:http://www.who.int/mediacentre/news/releases/2008/pr32/en/index.html
http://www.who.int/topics/malaria/en/index.html
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