Thursday, May 7, 2009
Bamako de Abderrahmane Sissako
Les Films du Losange, Archipel 33, Chinguitty Films e Mali Images, 2008, 118 min.
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Artes tradicionais africanas no Pátio da Galé

Formas e Energias Colecção de Arte Africana de Eduardo Nery 29 Mar a 30 Jun Páteo da Galé - Terreiro do Paço |
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Máscaras, esculturas, cerâmicas, tecidos, peças de mobiliário e instrumentos de música, num total de cerca de 220 objectos, compõem a colecção de arte tradicional dos povos sub-saharianos, pertença do artista plástico Eduardo Nery. A selecção do coleccionador, no início determinada pelas características estéticas ou plásticas das peças, foi evoluindo para o equilíbrio entre valores estéticos e testemunhos de ordem cultural e funcional - função, simbologia ou pertença a este ou aquele grupo étnico de cada objecto. A exposição, comissariada pelo prof. José António B. Fernandes Dias, afasta-se da organização em grupos funcionais, norma neste tipo de colecções, preferindo os grupos estéticos relacionados com a Arte Ocidental: realismo e classicismo; cubismo e geometrização; surrealismo e fantástico; expressionismo; hieratismo e dinamismo. A mostra é complementada com fotografias da autoria de Eduardo Nery, nas quais recorreu a objectos da sua colecção com o propósito de exprimir e de reforçar o seu valor mágico e poético. |
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Informações Úteis: Páteo da Galé Telf: 210 312 700 Todos os dias: 11h-19h Artigo original em: http://www.agendalx.pt/cgi-bin/iportal_agendalx/E0006366.html?area=Exposi%E7%F5es&tabela=exposicoes&genero=&datas=&dia=&mes=&ano=&numero_resultados= |
Voz do Operário, Sábado dia 9 de Maio
No Sábado, segundo me diz a experiência por volta das 20h, apesar da sala estar reservada a partir das 17h.
Um conto de Francisco Silva Dias intitulado Zona J:
http://www.vozoperario.pt/cultura/136-cultura/194-um-conto-de-francisco-silva-dias.html
Friday, May 1, 2009
Odetta morreu em Dezembro de 2008 com 77 anos.
Ícone da música popular dos EUA, Odetta morre aos 77 anos
![]() Odetta tornou-se uma estrela da música folk nos anos 50 |
A cantora folk norte-americana Odetta, militante dos direitos civis e uma importante influência sobre Bob Dylan, morreu aos 77 anos.
Nascida com o nome de Odetta Holmes em Birmingham, Alabama, esta cantora de formação clássica deu vida a canções de escravos e canções folk através da sua voz poderosa.
Tornando-se uma estrela da música folk nos anos 50, Odetta influenciou Bob Dylan assim como Harry Belafonte e Joan Baez.
Apesar de estar confinada a uma cadeira de rodas, Odetta realizou 60 concertos nos últimos dois anos.
Cantora dos direitos civis
Morreu de doença cardíaca na Terça no Lennox Hill Hospital em Nova Iorque. Tinha dado entrada no hospita há três semanas antes de sofrer uma paragem renal, segundo o seu manager Doug Yeager.
Construiu a sua reputação ao interpretar canções cantadas por gente comum - donas de casa e trabalhadores, assim como canções de prisão e espirituais dos escravos das plantações.
![]() | ![]() ![]() Bob Dylan em 1978 |
"O que a distinguiu desde o início foi o cuidado meticuloso com que ela tentou recriar o sentimento das suas canções folk," escreveu a revista Time em 1960. "Para entender as emoções de um condenado numa canção de prisão, tentou uma vez quebrar pedras com um martelo."
Tendo gravado vários discos, Odetta ficou mais conhecida nos EUA por ter participado na Marcha pelos direitos civis em 1963 para Washington, onde cantou "O Freedom".
![]() Odetta participou na Marcha de 1963 para Washington |
In a 1978 interview, Bob Dylan said: "The first thing that turned me on to folk singing was Odetta."
Numa enrevista de 1978, Bob Dylan disse: "A primeira coisa que me atraiu para a canção folk foi a Odetta."
Acrescentou que encontrou "algo apenas vital e pessoal" quando a ouviu pela primeira vez, e que a sua música o convenceu a trocar a sua guitarra eléctrica por uma acústica.
Nomeada pela primeira vez para um Grammy em 1963, Odetta recebeu mais duas nomeações na parte posterior da sua carreira - um em 1999 e o terceiro em 2005.
Em 1999 foi agraciada com a National Medal of the Arts. O Presidente Bill Clinton disse que a sua carreira mostrara "a todos que as canções têm o poder de mudar o coração e mudar o mundo".
Nascida em 1930 no Alabama, foi viver para Los Angeles com a idade de seis anos. Depois de o pai ter falecido, adoptou o apelido do seu padrasto, Felious. Treinada por um professor de música que a viu a cantar depois das aulas, a cantora de formação clássica descobriu a música folk na sua adolescência.
Numa entrevista de 1963 do Washington Post, afirmou que o cantar e o dançar tinham nascido do "medo de Deus, medo que o sol não regresse, muitas coisas. Penso que se desenvolveu como uma forma de culto ou para apaziguar algo... O mundo não melhorou, e então há sempre muito sobre o que cantar."
Odetta ainda tinha actuado em Outubro e tinha expressado a sua vontade em cantar na inauguração presidencial de Barack Obama.
Artigo original, em inglês:
http://news.bbc.co.uk/2/hi/entertainment/7762521.stm
Tuesday, April 14, 2009
John Hope Franklin (1905-2009) Historiador
Os seus prazeres maiores eram contemplativos e pacientes. Com um regador e tesoura, andava calmamente na sua estufa entre centenas de variedades de orquídeas. Ou, ao pé do rio, esperava durante horas que um peixe mordesse o isco. Estas eram, poderíamos dizer, divertimentos típicos de um historiador; muito próximos, em ritmo e carácter, da acumulação laboriosa e cuidada de minúsculas peças de factos.
E no entanto o que John Hope Franklin coleccionou foram pedaços de horror. Cinco dólares como custo de um ferro de marcar. Um contrato de venda, na Virginia em 1829, de um escravo masculino "de uma cor amarela" que "não tem como hábito fugir". Ou o testemunho de 1860 de Edward Johnson, uma criança negra aprendiz:
Fui levado e preso com uma corda nos pulsos as minhas costas totalmente nuas e penduraram-me e depois lá Cada um [dos homens] pegou num chicote um de cada lado e bateram-me de tal maneira que quando me deixaram eu desmaiei e fiquei estendido no chão 2 horas.
A estes o Sr Franklin podia acrescentar da sua própria experiência. A viagem de comboio para Checotah, Oklahoma, quando ele tinha seis anos, que acabou quando a sua mãe se recusou a sair da carruagem só para brancos. O pequeno escritório de advocacia do seu pai em Tulsa, reduzido a escombros depois dos tumultos raciais de 1921. O dia em que lhe foi dito aos 12, por uma mulher branca que ele estava a ajudar a atravessar a estrada, que ele devia tirar as suas "mãos sujas" dela. E o entardecer quente em que ele foi comprar um gelado em Macon, Mississipi - um estudante de 19 anos, alto, da Universidade Fisk, intelectual com os seus óculos - e descobriu quando deixou a loja que tinha sido formado um semi-círculo por agricultores brancos para barrar a sua saída, sugerindo silenciosamente que ele não devia tentar passar pelo meio deles.
A vida académica não ofereceu nenhum abrigo. Teve resultados excelentes a partir do liceu, conseguindo finalmente um doutoramento em Harvard e tornando-se, em 1956, o primeiro chefe de um departamento de história constituído por apenas brancos, numa universidade predominantemente de brancos, Brooklin College. Mais tarde, a Universidade de Chicago contratou-o. Mas em Montgomery, Louisiana, o arquivador chamou-lhe "Harvard nigger" na cara. Nos arquivos do estado, em Raleigh, North Carolina, estava restringido a uma sala separada e tinha liberdade para andar pela biblioteca porque os assistentes brancos não o serviam. Na Duke em 1943, universidade onde voltou 40 anos mais tarde como professor não podia usar a cafeteria da biblioteca ou as casas de banho.
Os brancos, notou ele, não tinham escrúpulos em "desvalorizar uma raça inteira". Os negros eram excluídos quer das suas histórias quer da sua compreensão de como a América tinha sido construída. A intenção do Sr. Franklin foi voltar a tecer a experiência negra na história nacional. Ao contrário de muitos depois dele, ele não via a "história negra" como uma disciplina independente, e nunca ensinou um curso formal sobre ela. O que ele estava a fazer era rever a história da América como um todo. Os seus livros, principalmente "From Slavery to Freedom"(1947), ofereceram aos Americanos a sua primeira visão completa de si próprios.
O vinho de Thomas Jefferson
A militância não era da sua natureza. Era um historiador demasiado escrupuloso para isso, e um
homem demasiado cortês. Questionado se odiava o Sul, diria, pelo contrário, que o amava. A sua dívida profissional mais profunda era com um homem branco, Ted Currier, que o tinha incentivado a estudar história e lhe tinha dado $500 para ir para Harvard. Mas a par com a dignidade e o sorriso fácil, um sentimento de raiva ardia. Tinha vontade de dizer aos turistas em Washington que o Capitólio tinha sido construído por escravos, e que Pennsylvania Avenue tinha tido um mercado de escravos, "mesmo ao lado de onde fica o Smithsonian". Lucros tornados possíveis pela escravização de negros não tinham só permitido a Thomas Jefferson disfrutar de bons vinhos Franceses: tinha também sido a base dos bancos Americanos, o seu dinamismo económico e o seu domínio mundial. A exploração dos negros era algo que ele admitia "nunca ter ultrapassado".
Nem a América tinha ultrapassado, apesar da manifestação de Selma, na qual o Sr. Franklin lidrou um grupo de historiadores, e Brown contra Board of Education, onde emprestou os seus conhecimentos para ajudar a provar que os Framers não tinham desejado impor a segregação nas escolas públicas. A "linha da cor", como ele lhe chamava, permanecia "o problema social mais trágico e persistente" que o país enfrentava. Os seus próprios primeiros - presidente da American Historical Association e da Southern Historical Association, sócio do Cosmos Club de Washington - não abriu necessariamente a porta a outros. Na noite antes de receber a Presidential Medal of Freedom em 1995, uma mulher no Cosmos Club pediu-lhe para lhe ir buscar o casaco. Estava contentíssimo com a eleição de Barack Obama, mas não podia esquecer os negros pobres e imóveis revelados pelo furacão Katrina.
Tinha vontade de mudar as coisas, mas questionava como. Tinha dúvidas sobre indemnizações financeiras; as desculpas pareciam triviais. Só tempo, em quantidades históricas, poderia eventualmente fazer a diferença. Durante alguns meses foi Chairman da Initiative on Race (Iniciativa sobre a Raça) de Bill Clinton, um esforço desorganizado que terminou por recomendar "cooperação comunitária". Cartas hostis choveram, maioritariamente de pessoas que não achavam que valia a pena falar sobre o assunto. Mr Franklin levou-as no seu passo. Lá ia trabalhar no próximo livro, ou retirar-se para a sua estufa, ferramentas na mão; e praticar paciência.
Artigo original:
http://www.economist.com/obituary/displaystory.cfm?story_id=13403067
Wednesday, April 8, 2009
Sunday, April 5, 2009
Restaurantes e Dança Africanos em Lisboa
http://africalisboa.googlepages.com/restaurante
http://africalisboa.googlepages.com/dancar_salao
Por favor avisem se alguma da informação se encontrar desactualizada.