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Wednesday, January 13, 2010

Vadu (1977-2010)


(1977, Praia - 2010, Sto Antão)

Por acaso, era a par com o Tcheka o nosso cantor cabo-verdiano favorito. A última vez que o vimos foi pelas bandas da Cidade Universitária, na Festa de Cabo Verde, sozinho com a guitarra e fiel a si próprio, a soar bem alto na voz acompanhada pelo violão e com o inconfundível boné de tricô. Ritmos lentos, reflectidos, sentidos, a mexer-nos as emoções e a trazer-nos a paixão pela música do interior de Santiago renovada por um jovem. Música descomplicada para ouvir muitas vezes.

A música La Fora do álbum Dixi Rubera.


E a música Préta, ao vivo no Mindelo em 2007, com a presença de bons músicos incluindo o maravilhoso Hernani Almeida (é o Vadu que diz e nós concordamos).



Discografia:
Ayan (2001)*
Nha Rais (2005)
Dixi Rubera (2007)
*disco colectivo onde participa com 3 faixas


Fontes:


Amigos que nos avisaram...Obrigado.

Saturday, October 31, 2009

Tudo o que sempre quis saber sobre cachupa e não ousou perguntar...

(Dedico este pequeno texto às gentes de Cabo-Verde.)

Um prato que se cozinha não se melhora, não evolui, não se tenta. É uma angústia que tem que se extirpar do peito. Quando se elabora uma receita, é para acabar com ela, para a fazer pela última vez e para acabar com todas as discussões. Até ao próximo drama. A única comparação possível é com um ritual religioso que visa o sublime e o intemporal no terreno.
A cachupa não é um prato. É um ritual de homenagem ao milho, feito com simplicidade e comunhão entre amigos.
Vi dezenas de receitas de cachupa. Cada cabo-verdiano sabe uma, a única verdadeira, tal como é próprio das memórias pessoais e familiares que esbarram em algo que se tornou universal.
Algo que se tornou universal tem que ter um denominador comum: o milho, os grãos de milho, o símbolo gastronómico de Cabo-Verde. É até hoje um mistério para mim, como é que um cereal que necessita de tanta rega é tão popular num país conhecido pela ausência de água. Será um tributo ao líquido milagroso, tão esperado desses céus avaros das ilhas, uma celebração em amarelo de que choveu e que desta vez a negra fome não vem?
Portanto, se entrar num restaurante, lhe servirem uma cachupa, e quiser verificar se é verdadeira, separe no prato os grãos de milho dos grãos de feijão e se o milho não tiver igual quantidade ou superior aos feijões, mande o prato para trás e peça o livro de reclamações.
Quanto aos feijões, que feijões? Os que lhe apetecer, dos cabo-verdianos umbonje e pedra são os meus favoritos, favona para quem quiser, dos portugueses gosto do vermelho para embelezar com alguma cor. Não esquecer, se mais de metade for feijão é feijoada não é catchupa.
Mas um ritual tem regras, dias e venerações várias. A minha cachupa começa à Quinta-feira, dia de pôr a carne em sal, guardada no frigorífico e escorrida a água cada dia. No Sábado o feijão e o milho vão a banhos. Escorre-se a água da carne e vamos à garrafeira buscar as garrafas de vinho para as pôr de pé. E finalmente no Domingo, acordamos mais cedo que os nossos amigos que foram dançar kizomba e começamos os preparativos.
Uma receita de cozinha tem um eixo, essencial, e depois variantes e aspectos secundários e outros variáveis que não afectam nada de importante.
O eixo da cachupa é a cozedura de milho e feijão apenas com água (sem sal), visando um desfecho que mantém as propriedades dos protagonistas e acrescenta com o bom amido que escapa dos mesmos uma textura cremosa deliciosa à simples água. É apenas isto, o resto é demagogia e tempero de quem tem algo a esconder. Isto num tacho.
No segundo tacho, cozem as carnes de porco salgadas, depois do sal sacudido, com uma folha de louro. Entrecostos, costeletas, carne de veios gordurosos bem concentrada de paladar. Na minha versão de cachupa, a que chamo do Ritz, compro bons pedaços de porco preto que já não arruinam ninguém, e um pedaço de vaca bem cheio de geleias e gorduras para parecer chique.
E perguntam vocês, e os enchidos, onde estão os enchidos? Os enchidos devem manter-se afastados da cachupa como o diabo da cruz, tal como os convidados que só pensam em comer, faltam à cerimónia e só aparecem no restaurante. Eu tenho uma conversa com o bom do chouriço, a poupada farinheira e a trágica morcela, ponho-os no forno a 160º quando começo o refogado e digo-lhe: até já.
Pois, é que depois dos dois irmãos separados, milho e feijões e as carnes, há que reuni-los. Onde? Num tacho grande a que alguns chamam "ena que grande tacho".
O refogado começa com banha de porco preto, azeite, e uns grãos de pimenta preta mal esmagados, único tempero áparte o singelo ramo de salsa que se acrescenta. Uma boa cebola que se deixa suar e venham essas carnes, previamente desossadas que a gente gosta da nossa cachupa prontinha para comer de colher. Deixar o refogado assar e chiar, sempre bem sequinho à beira da tragédia.
Depois o dilúvio: feijões e milho e respectiva calda, assim como um pouco da água da cozedura da carne. E está o assunto quase tratado, se não fosse o inhame, a couve, a abóbora, a mandioca, por esta ordem, que se vêm incorporar ao manjar.
É nesta altura que o engrossar do caldo dará ao sacerdote dos tachos o presciente momento de desligar o tacho, esperar uns minutos e levá-lo para a mesa.
Os violentos enchidos saem do forno e cortados em rodelas são remetidos para o seu papel decorativo e emocionante. Mas quem os mistura na cachupa logo no início não sabe o que faz. O creme do milho e do feijão pede as ternuras simples dos legumes e da carne salgada, não de arruaceiros que gostam de dar nas vistas e que têm o seu lugar apenas quando são convocados para a segunda vez que nos servimos, assim como os picantes vários presentes na mesa africana.
Depois é rir com os amigos, fazer brindes com grogue e guardar lugar na barriga para uma fatiazinha de cuscuz com mel de cana.

Wednesday, June 3, 2009

Prémio Camões 2009 atribuído a Arménio Vieira

Imagem de hardmusica.pt


O mais importante galardão literário da cultura lusófona foi atribuído à obra do poeta e escritor cabo-verdiano Arménio Vieira, nascido na cidade da Praia, na ilha de Santiago em 1941.

Thursday, April 2, 2009

Lura - Apresentação de novo disco




A melhor cantora cabo-verdiana, Lura, faz a apresentação do novo disco Eclipse. Sempre que sai um novo disco ficamos à espera que não esteja muitos furos abaixo de Di Korpu Ku Alma. O segredo poderá ser uma escolha criteriosa de composições, vamos a ver se é desta, pois M'Bem di Fora ficou abaixo das espectativas...

Oportunidades de a ouvir.

29 Março 17h - Fnac Colombo

02 Abril 18h - Fábrica de Braço Prata

17 de Abril 21h - Fnac Cascais

18 de Abril 17h - Fnac Chiado

Caso não possam há amostra em vídeo aqui de Quebrod nem Djosa e Marinhero:

http://tumbao.pt/

Tuesday, March 17, 2009

Coisas para ouver em Março e Abril

Música: Ferro Gaita, Cabo Verde
Onde: Voz do Operário
Quando: Sábado, 21 de Março, 22h
Porquê ir: Funaná a rasgar, mas não só, também se espera algum Batuque e Tabanka, por uma banda emblemática de Cabo Verde que vem apresentar o novo CD Cidade Velha.

Música: Lenine, Brasil
Onde: Aula Magna
Quando: Domingo, 22 de Março
Porquê ir: um dos melhores cantores brasileiros ao vivo, que encanta pelas letras simples e eficazes.

Música: Ópera Crioulo de Vasco Martins
Onde: CCB
Quando: 27 de Março, 21h
Porquê ir: Oportunidade de conhecer o compositor clássico cabo-verdiano mais conceituado. Direcção artística de António Tavares.

Música: Buraka Som Sistema, Buraca (e outros)
Onde: Aula Magna
Quando: 4 de Abril
Porquê ir: ir refrescar os ouvidos e ter como bónus Cool Hipnoise, X-Wife, Klepht, Fingertips e doismileoito.

Música: Paulo Flores, Angola
Onde: Cinema S. Jorge
Quando: 9 de Abril
Porquê ir: As amostras que passam do triplo disco de comemoração de 20 anos de carreira soam a blues e jazz caldeado com África e o inevitável semba, mmmmhhhh, saboroso.

Já agora podem apanhar os Macaco do Chinês (Reboleira) nas FNACS e preparem-se para o disco que vem aí.

Sunday, November 30, 2008

Festa de Santa Catarina na Outurela

Imagem de www.caboindex.com


Hoje a Associação Assomada organiza na Outurela a festa de Santa Catarina.
Animação até às 22h.

Informação completa em:
www.caboindex.com

Wednesday, November 19, 2008

Cesária Évora: Concerto Único

Imagem de caboindex.com.


Chamam-lhe a diva dos pés descalços. Por uma razão simples: é uma diva que canta de pés no chão. No S. Jorge, dia 26, para apresentar o disco Rádio Mindelo.
Este disto contém gravações de 1960, de uma Cesária Évora com 20 anos e uma voz fresca e ágil.

Monday, November 3, 2008

Livros: Antologia de Autores da Claridade em Francês

Imagem de amazon.fr

Já é uma edição de 2003, da Chandeigne, uma antologia de textos de escritores ligados à Revista Claridade: Manuel Lopes, Baltasar Lopes, António Aurélio Gonçalves e Henrique Teixeira de Sousa.
A Revista começou a editar-se em 1936 na cidade do Mindelo, em S. Vicente e foram editados 9 números até 1960 e contou também no número dos seus responsáveis com o poeta Jorge Barbosa.

Fonte: Wiki

Sunday, October 26, 2008

B.Leza - Palácio Almada Carvalhais

O Palácio Almada Carvalhais, antiga morada do Bar B.Leza foi aquirido pelo Fundo Sete Colinas, um fundo imobiliário gerido pela Fundimo do Grupo Caixa Geral de Depósitos. Segundo a fonte contactada o futuro do palácio ainda não está definido.

Friday, August 29, 2008

Aulas de Danças Africanas em Lisboa



Ocasião de luxo: aprender a dançar com a Susana Sequeira e partilhar a paixão dela pela dança e por Cabo-Verde. Além disso a Professora é de um rigor, profissionalismo e criatividade bestiais. Estamos a ser isentos?
Não, mas para além disto tudo ser verdade ela ainda por cima é nossa amiga.

Quando: Às Quintas-Feiras, pelas 20h
Onde: Assoc. do Recreio Artístico, Rua dos Fanqueiros, 286 (ao pé da Praça da Figueira)
Começa na Quinta-Feira 4 de Setembro.

A Casa de África em Lisboa apoia este evento.

Sunday, July 6, 2008

Cool Jazz Fest - Mayra Andrade na Sexta

Imagem de caboindex.com.

Mayra Andrade, a autora do álbum Navega, actua dia 11 de Julho, às 22h, no Jardim do Marquês de Pombal em Oeiras.

Mais info em http://www.cooljazzfest.com/

Friday, July 4, 2008

Comemorações da Independência de Cabo-Verde


No âmbito das comemorações da independência de Cabo-Verde, Gil Semedo apresenta o seu novo disco, Cabopop, orquestrado pelo mago Manu Lima, no Armazém C2 em Alcântara, dia 5 de Julho.
O ano passado houve festa de arromba na Cidade Universitária, que creio não se repetirá este ano.


Imagem de afrosom.com. Informação de Portal CVT

Wednesday, June 25, 2008

Teatro Meridional de 25 de Junho a 3 de Agosto de 2008



Contos em Viagem - Cabo-Verde.
Quarta a Domingo às 22h.


TEATRO MERIDIONAL
Rua do Açucar 64 - Beco da Mitra
Poço do Bispo
1950-009 Lisboa
Tlf. 21
868 92 45

www.teatromeridional.net

Obrigado, Betty.

Friday, May 2, 2008

Titina em Lisboa

Titina apresenta o seu novo disco "Cruel Destino" dia 21 de Maio no Teatro da Trindade.