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Saturday, December 27, 2008
Casa de África em Lisboa - Livros do Ano 2008
Não Ficção
"From Genocide to Continental War: The Congo Conflict and the Crisis of Contemporary Africa"
Gérard Prunier, 544p, Hurst
Compreender o Congo, por um historiador que viaja em África há 37 anos e autor do "The Ruanda Crisis". Desde a morte de Mobutu Sese Seko, que dominou o país durante 32 anos até ao seu afastamento em 1997 e o aparecimento de milícias rebeldes e exércitos estrangeiros, envolvendo quase todos os países da região.
Creio que existe uma edição do mesmo livro nos EUA da Oxford University Press.
Consultar também os artigos de Muayila Tshiyembe "Kinshasa menacé par la poudrière du Kivu"(sobre os recursos minerais do Kivu), e Delphine Abadie, Alain Deneault e William Sacher "Balkanisation et pillage dans l'Est congolais"(sobre as ligações ao Canadá), Le Monde Diplomatique, de Dezembro 2008, edição francesa.
Review do FT, em inglês:
http://www.ft.com/cms/s/0/70bffd44-c719-11dd-97a5-000077b07658.html
Não Ficção
"Africa: Altered States, Ordinary Miracles"
Richard Dowden, 448p, Portobello Books
O autor é jornalista há 30 anos, trabalhou no Economist e é actualmente director da Royal African Society, partilhando neste livro a sua vasta experiência colhida no Uganda, Nigeria, África do Sul, Zimbabué, Sudão e Senegal.
Review do Guardian, com erros anotados, em inglês:
http://www.guardian.co.uk/books/2008/nov/01/africa
Ficção
A Mercy, Toni Morrison, Alfred A. Knopf
O novo livro de Toni Morrison conta a história de uma criança escrava e de uma casa onde vivem várias mulheres orfãs na América do séc. XVII.
Extracto do primeiro capítulo, em inglês:
http://www.nytimes.com/2008/11/30/books/chapter-a-mercy.html
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Sunday, July 27, 2008
FMM Sines - Baobab gourmet por Chef Barthélemy


Orchestra Baobab
Rudy Gomis - voz, maracas, clave
Assane Mboup - voz
Ndouga Dieng - voz
Balla Sidibe - voz timbales tambores
Barthelemy Attisso - guitarra
Latfi Benjeloun - guitarra
Issa Cissoko - sax tenor sax alto
Thierno Koite - sax alto
Charlie Ndiaye - baixo
Mountaga Koite - congas bateria
O concerto começou pelas 0h30, com os três cantores com camisas coloridas, laranja vermelho, rosa com dourado, um arco-íris quando a banda entrou em palco, mapa da sociedade das nações que esta banda representa de Marrocos, à Guiné, passando pelo Togo e Senegal, cantando em Wolof, Criolo da Guiné e de Cabo Verde e francês. A emoção era enorme, a par da Star Band de Dakar no clube Miami, a original orquestra Baobab era uma das estrelas do firmamento de Dacar na década de 70.
Ainda para mais estava presentes uma parte dos músicos que a fundaram em em 1970, para animar a abertura do Clube Baobab, em Dacar: Rudy Gomis, Barthélemy Atisso e Balla Sidibé. O Baobab era um clube de elite, frequentado por homens de negócios e políticos. A mistura musical da época era variadíssima, desde High-Life do Gana, a soul, pop, afro-cubana, rumba do Congo e morna do vizinho Cabo-Verde, e que precedeu um movimento de redescoberta dos instrumentos como o sabar, a kora e o balafon e das raízes musicais mais tradicionais. Tempo da voz maravilhosa de Laye Mboup falecido em 74.
Tema a tema
1 Início com ritmo afro-cubano.
2 Esta orquestra é uma máquina bem oleada e o Barthélemy a encantar com a subtileza dos seus solos. Nem parece que se reencontraram há 6 anos. A guitarra é amarelada mas brilha como se fosse dourada.
3 Excelente articulação entre voz principal e vozes secundárias, com solos incisivos e pujantes do sax de Thierno Koite.
4 Barthélemy com pedal reverb com um pouco de distorção a fazer chorar e gemer a guitarra em ritmo de marcha lento e compassado.
5 Duo de Issa e Barthélemy, dois motores de ritmo e musicalidade.
6 Barthélemy com mais um solo composto por glissandos celestiais e notas altas dadas com velocidade e precisão incríveis.
7 Bul Ma Miin
8 Utru Horas
Solo de guitarra com passagem de solo a uma corda, para acorde com marcaçao de tempo com toques secos no braço do instrumento.
9 Ritmo com cadência próxima do reggae.
10 'Belasa(?)'
11 Depois de bastante exibicionismo Issa faz um solo sobre um standard jazz e entram os batuques e as tarolas, a seguir o baixo, e uns acordes funk, entra o alto. Que maravilha de crescendo orgânico em que tudo encaixa!
12 Volta o afro cubano quase um cha cha cha com trechos de La Bamba no meio do solo no sax tenor. Percussão com estalidos da boca. Barthelemy com acelerações suaves de ritmo, o pescoço sempre ligeiramente debruçado sobre a guitarra, com movimentos ritmados, e 'ça c'est vrai' canta-se em coro.
Encore - Musica do disco Pirates Choice que começa com dueto Issa/Barthélemy
Esta música é um concentrado musical de estilos variados, um verdadeiro cocktail de suavidade das vozes e a sua combinação em tons diferentes, e o namoro do sax com a guitarra. Senti-los em palco é partilhar do saber de músicos com imensa experiência para dar a conhecer a tradição riquíssima das bandas da África Ocidental, regressada após 17 anos.
Fica a impressão forte de Barthélemy Atisso, natural do Togo, artista no auge da sua maturidade, a solar da forma delicada, melodiosa e ritmada como os grandes guitarristas africanos das bandas dos anos 70 faziam, e que os distingue claramente das tradições jazz, rock, espanhola ou folk. A partir daí o prazer é ouvir como cada um dos grandes imprime o seu estilo original: no caso dele sempre sofisticado e discreto seja com que estilo, pedal ou efeito. O concerto acaba com o paladar que o maior guitarrista africano vivo se chama Barthélemy Atisso, e que gratidão que ele tenha voltado a tocar depois de treze anos de interregno para o ouvir assim mágico. O efeito é o de um banho de espuma com champanhe.
Friday, June 13, 2008
Festival de Músicas do Mundo - 17-26 Julho 2008
O Festival de Músicas do Mundo comemora 10 anos, a pedir rumagem com um cartaz cheio de qualidade. Esta é a nossa selecção.
Quinta, 17 de Julho - Bassekou Kouyaté & Ngoni Ba, Mali - 22h00, Sines, Centro de Artes
Premiado nos BBC Radio 3 World Music Awards com Melhor Álbum do Ano e Categoria África. Esta formação é um quarteto de Ngoni (Ba significa grande) uma espécie de alaúde africano.
Sábado, 19 de Julho - Last Poets, EUA - 23h00, Porto Covo
Têm um vídeo algumas entradas abaixo no blog.
Quarta, 23 de Julho - Waldemar Bastos, Angola - 21h30, Sines, Castelo
Quinta, 24 de Julho - Orquestra Baobab, Senegal - 00h30, Sines, Castelo
Uma das orquestras fundamentais da música africana.
Sábado, 26 de Julho - Rokia Traoré, Mali -23h, Sines, Castelo
Dizem que é uma cantora excepcional, já ouvi em disco e não achei. Refiro-me apenas à musicalidade. Vou voltar a tentar.
Podem encontrar o programa completo em http://www.fmm.com.pt/
Quinta, 17 de Julho - Bassekou Kouyaté & Ngoni Ba, Mali - 22h00, Sines, Centro de Artes
Premiado nos BBC Radio 3 World Music Awards com Melhor Álbum do Ano e Categoria África. Esta formação é um quarteto de Ngoni (Ba significa grande) uma espécie de alaúde africano.
Sábado, 19 de Julho - Last Poets, EUA - 23h00, Porto Covo
Têm um vídeo algumas entradas abaixo no blog.
Quarta, 23 de Julho - Waldemar Bastos, Angola - 21h30, Sines, Castelo
Quinta, 24 de Julho - Orquestra Baobab, Senegal - 00h30, Sines, Castelo
Uma das orquestras fundamentais da música africana.
Sábado, 26 de Julho - Rokia Traoré, Mali -23h, Sines, Castelo
Dizem que é uma cantora excepcional, já ouvi em disco e não achei. Refiro-me apenas à musicalidade. Vou voltar a tentar.
Podem encontrar o programa completo em http://www.fmm.com.pt/
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